terça-feira, 22 de dezembro de 2015

HISTÓRICO DA POLÍCIA MILITAR

A Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte foi criada pelo Conselho Geral da Província com a denominação de “Corpo Policial da Província”, acatando proposta do Presidente Provincial Basílio Quaresma Torreão conforme consta da Resolução de 27 de Junho de 1834, aprovada por Lei de 04 de abril de 1835 e organizada para cumprir seus fins legais pela Resolução nº 27, de 04 de Novembro de 1836, sancionada pelo então Presidente João José Ferreira de Aguiar.
      Desde então, esta organização também cognominada de “a gloriosa”, escreveu muitas páginas que enriqueceram a história do povo potiguar, no seu território e fora dele, como em 1924 em terras do Estado do Maranhão, quando esteve combatendo contra a “Coluna Prestes”; em 1930, quando atuando ao lado do 29º BC do Exército Brasileiro, seguiu para a cidade de Salvador, integrando a Coluna Revolucionária; no ano de l931 auxiliou na restauração da paz e da tranquilidade pública de Recife, então conturbadas diante de uma revolta; já em 1932, em terras paulistas, combateu a denominada “Revolução Constitucionalista”; também combateu na “Campanha de Canudos”; no noroeste deste estado foi protagonista da chamada “questão de Grossos”, reintegrando as terras daquele município ao nosso Estado e, por fim, citamos a heroica resistência à Intentona Comunista de 1935, esta em Natal. Todos estes feitos marcaram a sua atuação enquanto braço armado do Estado.
No tocante à sua missão voltada para a manutenção da ordem pública, sempre foi destacada a sua atuação em terras potiguares, pinçando-se daí os muitos episódios da lutra contra o “Cangaceirismo”, principalmente representado por bandos liderados pelos lendários “Antônio Silvino” e “Lampião”. O escritor Rômulo Wanderley, em seu livro História do Batalhão de Segurança, a respeito da tranquilidade pública e do antigo Esquadrão de Cavalaria escreve: “Com ele , estava garantido o policiamento da Capital. As famílias dormiam tranquilas em seus lares. Os comerciantes ficavam despreocupados com a sorte dos seus estabelecimentos. Os notívagos não tinham receio de ser molestados. A ronda era rigorosa durante a noite toda e o tropel da cavalaria era sinal de que ninguém estava sozinho”.
      Dessas lutas surgiram vários dos nossos heróis entre os quais rememoramos o Tenente Augusto Azêvedo, Tenente Alberto Gomes, Soldado José Monteiro Matos e o Sd Luiz Gonzaga,entre outros.
    É com a marca das lutas desse passado, que temos a responsabilidade de enfrentar as lutas do presente, cada dia mais difíceis, diante da inquietante situação social das populações, a quem nos compete servir e proteger . Em que pese a boa índole do povo brasileiro e nordestino, o crime e a contravenção já atingem cifras preocupantes em nosso meio, e, como consequência, hoje travamos uma luta desigual e sem tréguas contra a marginalidade. Se a regra de atuação do policial é pautar-se pelos ditames da lei dos homens, da ética policial e da lei de Deus, a regra dos malfeitores é a de não respeitar quaisquer regras. Assim encontramo-nos sempre na eterna desvantagem.
     Estamos conscientes de que qualidade, excelência, competência e eficácia são básicas para a sobrevivência das organizações hoje e no futuro. Não nos resta outro caminho a escolher, senão cumprir as exigências criadas pela moderna sociedade brasileira. A nossa primeira e constante preocupação deverá ser com o lado humano da organização, o policial, devemos apontar-lhe que rumo tomar e aí entra a ética da profissão, bem definida na nossa doutrina, ancorada na hierarquia e na disciplina, exigindo desse servidor público “especial”: sentimento de dever, cumprimento das leis, conduta moral e profissional irrepreensíveis, a probidade e a lealdade em todos as circunstâncias, amor à verdade, respeito à dignidade humana ,cumprimento dos seus deveres de cidadão, preparo profissional e dedicação exclusiva ao serviço, dentre muitas outras coisas que ele nem sempre presencia no mundo hodierno.

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